PEDAGOGIA SOCIAL PRA QUE TE QUERO?
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Usando este rico instrumento de avaliação, que merece ser melhor explorado, pois possui uma gama de possiblidades para uso de forma pedagógica, vemos que a educação esta se diferenciando da prática tecnicista. Embora a conjuntura ainda permaneça a mesma, temos no país uma estrutura capaz de promover o bem estar de todos. Conforme mostraram as práticas pedagógicas, através das teorias de aprendizagem, aplicadas a educação e gênero, tanto com crianças, como jovens e adultos, é possível, com a mediação do pedagogo social, construir a cidadania pautada na eqüidade.
Ação Social na Lomba do Pinheiro
Este projeto permitiu que se organizasse e executasse atividades possibilitando o convívio e cooperação da turma com a comunidade da Lomba do Pinheiro. A oficina " Arte e Beleza tinha como objetivo usar a pintura de unhas e tatuagem decorativa, firmando a auto estima dos participantes, num significativo momento de entretenimento, alegria e cooperação. Realizado por Andreia, Lilian, Marcia e Rose.
O gênero na docência
A escola é atravessada pelo gênero, visto como identificador dos sujeitos neste ambiente. Os homens eram os mestres, possuidores do conhecimento, as mulheres eram as professoras, atuando mais como cuidadoras. O magistério neste contexto, se torna uma atividade permitida e, após muita polêmica, indicado para mulheres, na medida em que a própria atividade passa por uma ressignificação, ou seja o magistério será representado de um modo novo, na medida que se feminiza e para que possa de fato se feminizar. Vale lembrar Nísia Floresta, aguerrida personagem, na defesa das minorias, cujos ideais ainda hoje permeiam a luta pela equidade de todos os seres.
A construção escolar das diferenças
A escola que nos foi legada pela sociedade moderna, começa por separar adultos de crianças, católicos de protestantes, meninos de meninas, também fazendo diferente para ricos e pobres.É preciso estar atento ao reforço sutil que envolve as questões de sexualidade, gênero e educação, implícita na mídia e na literatura.
Fazendo uma releitura dos personagens do Sítio do Pica Pau Amarelo:
D. Benta:(mulher branca)- matriarca, possui uma biblioteca com verdades
Tia Anastácia: (mulher negra)- traz a cultura popular considerada como crendices.
Narizinho: menina - sonhadora, a espera de um príncipe.
Pedrinho: menino - estudante, aventureiro.
Emília: uma boneca (pertence a menina) Características: tagarela, destrambelhada.
Visconde de Sabugosa: um boneco feito de sabugo de milho (pertence ao menino)Características: intelectual, esperto.
Cuca: um jacaré femea ou macho? Características: Aterrorizadora.
Saci: (menino negro) só faz peraltices.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Seminário: Gênero, Sexualidade e Educação
Neste seminário, foi trabalhada a maneira como as diferenças são lançadas, mesmo antes da criança nascer, reforçadas quando ingressamos na escola, sendo que estas diferenças promovem a desigualdade entre homens e mulheres durante toda a vida das pessoas. O processo de "fabricação" do sujeitos é continuado e geralmente muito sutil, quase imperceptível. São históricos, variam de uma cultura para outra em determinado tempo e lugar.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Um caminho de luta e liberdade
A luta do povo negro começou quando foi trazido para o nosso país como mercadoria, mão de obra barata, humilhados e maltratados, muitas vezes até a morte. Mesmo com a abolição da escravatura, este povo não teve seus direitos reconhecidos. Foram dispensados, sem indenização pelos serviços prestados, apesar de contribuírem para o crescimento econômico da nação e de seus "donos". Passaram a ser discriminados e excluídos e atualmente são maioria entre os marginalizados, assassinados, desempregados e recebendo os salários mais baixos.
Inserido contexto, destaca-se a situação da mulher negra, sendo que os poucos estudos sobre esta temática dizem que a mulher negra sofre duplamente, pela cor e sexismo, sendo mais vulnerável as injustiças sociais. Dentre as injustiças, a pouca escolaridade, a baixa ou nenhuma renda, e o desemprego, levam ao tráfico de drogas, furto e crime passional.
Olhando pesquisas, nota-se que o número de mulheres presas é baixo comparado ao de homens negros. Porém se levarmos em conta que os negros são minoria no estado, este é um percentual alto.
Adriana Severo Rodrigues diz serem necessárias pesquisas que deem visibilidade a situação das mulheres detidas, para que haja políticas públicas voltadas a esta realidade.
Igualmente, Eunice M. N. Nonato, em seu artigo, sustenta que “é necessário que se construa políticas públicas de inclusão que tratem as causas dos processos excludentes”, diz também que “isso nos leva a pensar em garantir educações formais, informais, regulares e demais modalidades que possam garantir aos/às presos/presas acesso ao ensino, a qualificação, a reflexão, a produção do conhecimento”.
Certamente, através da educação, é possível outro olhar, lançando novos saberes, na perspectiva de um futuro onde sejam respeitados os direitos, a liberdade de todas as pessoas, de maneira que exista realmente “uma libertação”, que o povo negro liberte-se da discriminação e exclusão.
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Educação como Processo de Desenvolvimento
Educação Informal
Trata-se de processos de aquisição de conhecimentos, hábitos, habilidades, valores, modos de agir etc, não intencionais e não institucionalizados (não escolares). Família, igreja, cuidadores/vizinhos, amigos, trabalho.
Educação Não Formal
Trata-se de uma educação intencional, pouco estruturada, sem um planejamento estruturado.
Exemplos: Sindicatos, Partidos, Educação de Adultos, Formação Profissional (empresas, indústrias, hospitais), Atividades Extra Classe, etc.
Este capítulo, trata da educação em seus diversos contextos de promoção do desenvolvimento humano e finaliza com uma descrição sobre a educação social.
Educação Formal
Trata-se de uma educação estruturada organizada, planejada, intencional e sistemática Exemplo: Educação Escolar Convencional (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Superior).
domingo, 13 de dezembro de 2009
BULLYING
Os atos de violência fazem parte das relações humanas, sendo que a violência juvenil, no ambiente escolar está se tornando um fenômeno mundial, causando grande preocupação, levando autoridades a adotar políticas públicas para prevenção deste fato, o BULLYNG. Este termo empregado com freqüência é assim usado pela dificuldade de tradução em diversas línguas. Envolve atitudes agressivas, físicas ou psicológicas, intencionais e repetidas, sem motivação aparente, numa relação desigual de poder, do forte sobre o frágil.
É algo de difícil identificação, pois habitualmente é ignorado ou não valorizado tanto por professores quanto por responsáveis pelo estudante. Deixa como conseqüência problemas físicos e psicológicos ao longo da vida dos envolvidos. Não há uma receita para solucionar o problema, mas é possível adotar medidas preventivas, onde o envolvimento de professores, funcionários, responsáveis, autoridades, autoridades e a sociedade em geral, elaborem políticas públicas que visem minimizar a ocorrência do bullying.
Com o advento da tecnologia, atualmente acontece o “Cyber bullying”, via Internet e celular, onde o autor atinge o alvo usando postagens em “sites” de relacionamento, ou mensagens ameaçadoras. Existe também jogos eletrônicos que incentivam a prática de bullying, sendo uma modalidade bastante preocupante, pois o alvo fica muito mais exposto a situações constrangedoras.
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TECNICISMO
Em meados do século XX, surge uma prática educacional no Brasil denominada Tecnicismo. A educação tecnicista é inspirada nas teorias Behavioristas da aprendizagem e consiste em uma educação reprodutivista,
mecânica e desumanizadora.
Essa prática educacional teve uma intencionalidade política, influenciada pelos acontecimentos do tecnicismo nos Estados Unidos. Aqui, nas décadas de 60 e 70, o movimento se intensificou, pois a política que tínhamos era militar e a educação tratava de formar cidadãos que se moldassem ao sistema.
Segundo Bobbitt na análise de Silva (2004, p.12) sobre o tecnicismo:
no modelo de currículo, os estudantes devem ser processados como um produto fabril. No discurso curricular de Bobbitt, pois, o currículo é supostamente isso a especificação precisa de objetivos, procedimentos e métodos para obtenção de resultados que possam ser precisamente mensurados.
Nesta concepção de ensino o professor é mero reprodutor do conhecimento, o ensino torna-se mecânico, a estrutura da escola (currículo) fortalece essa prática, formando pessoas para obedecer às normas de acordo com as regras vigentes, como por exemplo, o material didático utilizado em sala de aula, o exercício de completar as lacunas onde basta seguir o enunciado, ou ainda marcar com um X o falso ou verdadeiro.
Essa prática na sala de aula forma o cidadão com perfil que a classe dominante determina, para assim, continuar com o poder e dominação introduzindo os “conhecimentos” através das escolas para qualificá-los e atuarem nas fábricas de maneira autômata, sem valorizar a capacidade humana de refletir e criticar o meio ao qual está inserido.
Segundo Silva (2004, p.30) “para as teorias críticas o importante não é desenvolver técnicas de como fazer currículo, mas desenvolver conceitos que nos permitam compreender o que o currículo faz”. Contrapondo o sistema tecnicista, surgiu o movimento dos pensadores Paulo Freire, Althusser, Bourdieu, Passeron, Baudelot e Establet. Eles criticaram esta teoria e desenvolveram teorias que visavam um currículo, onde a cultura do sujeito era valorizada. Atualmente, encontramos nas escolas práxis e uma crítica que nos remetem a uma teoria tecnicista. O ensino por ciclos, por exemplo, nos mostra que continuamos em busca de elementos que nos proporcionem uma educação digna e libertadora.
Bibliografia
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade; uma introdução as teorias do currículo. Autêntica, 2004.
SAVIANE, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1983.
Autoras: Cristiane Barcelos, Márcia Menger, Tânia Graziadei
Portadores de Necessidades Especiais no contexto da Educação Inclusiva
O Ser humano desde a Antiguidade apresenta dificuldade em lidar com questões que fogem ao seu conhecimento, à sua explicação e ao seu padrão de normalidade. Na sua história os casos de perseguição, intolerância e exclusão marcaram e marcam grupos de indivíduos tidos como “diferentes”, submetendo-os às mais diversas formas de homogeneização, violentando-os no que se tem de mais precioso que é a sua identidade enquanto ser humano.
Os indivíduos são selecionados pela etnia, religião, gênero, cultura e condições físicas e mentais. Quem não se encontra no modelo de referência é ignorado e marginalizado, fazendo parte da grande massa de excluídos, pessoas das quais se retiraram as mínimas condições de desenvolvimento humano, tendo seus direitos básicos negados.
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