sexta-feira, 2 de julho de 2010

Missão Especial

Este filme conta a trajetória da mãe de meninos gêmeos que descobre de maneira brusca que eles são autistas, quando já estão com aproximadamente três anos, onde se detecta a falta de capacitação médica em diagnosticar de forma precoce o autismo (na sua concepção, Fonseca (1995) esclarece que esta identificação não pode ser subestimada, pois além de reduzir custos para o estado e família, possibilita tirar proveito no primeiros momentos do desenvolvimento humano, criando-se programas de estimulação, reabilitação, reforçando a aprendizagem). Nesta história real, pode-se constatar que poucas pessoas estão preparados para aceitar e conviver com pessoas com necessidades. Mesmo que seja uma pessoa bem próxima, como o caso do pai dos meninos, que assumiu não ter estrutura emocional para criar os filhos autistas. A mãe, mesmo muito abalada com a situação, aceitou o fato e optou por lutar pelos filhos, mostrando a força e a coragem das mulheres. Então, mudou-se de cidade, matriculando os filhos numa escola, porém não conta sobre o autismo. Com a manifestação de sintomas clássicos como ecolalia e mutismo, o corpo docente acusa a família de maus tratos, evidenciando o despreparo da instituição em relação aos casos de necessidades especiais. Ao contar sobre o autismo, a direção convida a mãe a retirar os filhos da escola. Ela não se dá por vencida e procura outro ligar para colocar as crianças. Mesmo sabendo que não existe cura, ela está determinada a fazer com que os filhos tenham uma boa qualidade de vida, e conhece o preconceito, a falta de apoio das autoridades competentes, o desleixo das escolas em se capacitar para atender alunos especiais. Mesmo assim, procura pelos direito das crianças e começa a superar barreiras quando os meninos são aceitos em uma escola normal. Eles começam a superar dificuldades, convivendo e conseguindo acompanhar crianças da mesma idade, aprendendo a falar, ler e escrever. Pode-se avaliar que o direito a frequentar a escola regular deve ser respeitado, onde a convivência com a diversidade produz bons resultados para todos. Vale lembrar Dutra Junior (2003), quando diz ser a inclusão escolar um grande desafio, mas que é um momento oportuno para pensar o sujeito e diversidade. Então, os meninos autistas, superaram as dificuldades,mostrando a todos que os rodeiam, suas reais capacidades, graças ao apoio incansável da mãe, que se dedicou de maneira total para vencer paradigmas excludentes. Nesta missão especial, ela teve a atenção, carinho e amor de um homem especial, que participou e compartilhou os problemas, formando uma nova família. Este filme mostra que a superação de barreiras por pessoas com necessidades especiais é possível, havendo amor, dedicação e essencialmente, o respeito às diferenças, com uma rede de apoio capaz de promover estruturas para o desenvolvimento pleno do indivíduo.
















Referências
Filme: Missão Especial (Miracle Run).EUA, 2004, drama, 90m

FONSECA, Vital da. Educação especial: programa de estimulação precoce – uma introdução às idéias de Feuerstein. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1995.

SANTOS JR. FRANCISCO D.dos. Diversidade e Psicopedagogia:
reflexões sobre a inclusão escolar. IN:WOLFFENBÜTTEL,
PATRÍCIA. Psicopedagogia: teoria e prática em
discussão. N. Hamburgo-RS; FEEVALE, 2003.

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